Deixo texto de Opinião de Sofia Galvão no Expresso:
Estão por aí, em todo o lado, disponíveis para um país que lhes vira as costas. São a 'geração Maizena'. Arredados dos corredores do poder. Pelos doutores Pinhos desta vida.
O dr. Paulo Rangel tem que comer muita papa Maizena antes de chegar aos calcanhares do dr. Basílio Horta!"...
A frase deu manchetes e primeiras páginas coloridas. Mas, como tudo o resto, logo foi esquecida. E talvez não devesse.
Manuel Pinho pôs-se na posição do ancião, senhor do juízo último sobre o estatuto dos demais. Nesse palanque, estabeleceu uma hierarquia entre Paulo Rangel e Basílio Horta. E alvitrou que, para vencer a distância, Paulo Rangel deveria crescer.
Se fosse vista por um estrangeiro, a cena soaria muito estranha. É claro que não saberia o estrangeiro que uma certa geração se julga dona e senhora da democracia portuguesa.
Embora tenha acedido ao poder há muito pouco tempo, Pinho depressa passou para o lado dos que tratam a democracia como coisa sua. E, como todos os conversos, a sua defesa é veemente e implacável. Rangel é apontado como o usurpador. E, ainda por cima, um usurpador atrevido, já com veleidades de comentar adultos quando, na menoridade dos seus 41 anos (!), mal deixa os cueiros.
Esquecer depressa de mais esta história é, afinal, recusarmo-nos a perceber uma das mais sérias patologias da nossa democracia. O seu fechamento em torno de alguns, poucos, identificados geracionalmente com aqueles que fizeram o 25 de Abril, antes deste, a resistência ao Estado Novo e, depois, o PREC e o 25 de Novembro.
"Paulo Rangel não fez nada disso. Por uma razão simples: era uma criança. Enquanto os outros preparavam ou faziam a revolução, ele aprendia a ler e a contar.
Apesar disso, ou talvez por causa disso, é, seguramente, uma lufada de ar fresco na nossa política recente. É diferente, bem preparado, gosta da reflexão tanto quanto da acção, vem da sociedade civil, tem uma carreira profissional sólida. Não precisa da política, mas gosta dela. Entrega-se-lhe com sentido cívico e com ela firma um compromisso moral.
Aliás, é bom notar que Paulo Rangel não é o único. É apenas um dos poucos que conseguiram romper a blindagem do regime. Mas há mais, muito mais. Gente válida, com sucesso nos seus percursos profissionais. Gente interessada na coisa pública e genuinamente empenhada em causas colectivas.
Estão por aí, em todo o lado, disponíveis para um país que lhes vira as costas. À espera de um sinal, de uma abertura, de uma razão para intervir. Da política, não querem benesses, nem estatuto, nem dinheiro. Tudo isso arranjariam noutro lado. Da política apenas gostariam de ter a oportunidade de participar na construção de um país capaz de futuro e ambição.
São a Geração Maizena. E estão aí. Arredados dos corredores do poder. Pelos doutores Pinhos desta vida."
"O Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, deu instruções para que as diligências que impliquem cooperação judiciária internacional no caso Freeport não tenham a intervenção do Eurojust, organismo presidido por Lopes da Mota." (Aqui)
É caso para dizer "não havia necessidade".
O Benfica ganhou folgadamente ao Braga e garante o 3º lugar na liga.
Não comentando o facto de estar a lutar pelo 3º lugar, fiquei surpreso com o resultado deste jogo.
Será que Quique Flores quis mostrar a sua fibra ao seu futuro substituto?
Será que os jogadores do Benfica se quiseram mostrar ao seu futuro treinador?
Será que Jesus não quis arriscar e garantir desde já a sua ida à taça UEFA na próxima época?
Parece-me que Vital Moreira está a conduzir a sua campanha eleitoral em contramão, dadas as contradições que tem originado, quer com a posição oficial do partido, quer com a opinião de alguns dos seus membros.
Primeiro a questão do não apoio a Durão Barroso, depois o desacordo com a caricata história da "papa maizena" de Manuel Pinho, e por fim o opinar sobre o PS que levou Manuel Alegre a mandá-lo limitar-se à sua simples posição de candidato europeu.
Hoje, falou sobre o presidente do EUROJUST e percebia-se pela expressão do líder que não terá gostado da intervenção.
Perspectivam-se concerteza novos capítulos até dia 7 de Junho.
Se o processo do hipermercado lá de Alcochete é uma campanha negra por que razão haveria o presidente do EUROJUST de exercer pressões sobre os dois procuradores que estão a investigar o tal caso?
Ele há coisas que não consigo perceber!
Então e agora ?
Está de parabéns o Porto por mais uma vitória no campeonato.
É uma vitória merecida pelo futebol e pela organização da equipa.
Embora eu seja simpatizante de um clube de Lisboa, reconheço o mérito da equipa do Porto.
Hoje provei a papa maizena e gostei!
Confesso que depois disto na minha vida tudo será diferente.
Fico a aguardar a proxima sugestão do nosso governante. Quem sabe, a seguir não seja o tratamento capilar com o restaurador OLEX!
Um servidor da causa pública sugere papas Maizena.
Dou aqui o meu contributo com uma receita de Maizena com canela.
Mas apesar da sugestão tenho a triste sensação que nem com papinhas a economia dá sinais de mudança. E a manter-se a situação acho que sei quem é que vai comer papinhas.
Extensões